"Afastar muitos para longe do rebanho, foi para isso que eu vim!" Nietzsche

sábado, 20 de junho de 2009

Adeus José Calvário...

E Depois do Adeus, que serviu de 1º sinal ao Movimento das Forças Armadas.
É cantado por Paulo de Carvalho, tocado por José Calvário e escrito por José Niza.



Quis saber quem sou

O que faço aqui

Quem me abandonou

De quem me esqueci

Perguntei por mim

Quis saber de nós

Mas o mar

Não me traz

Tua voz.


Em silêncio, amor

Em tristeza e fim

Eu te sinto, em flor

Eu te sofro, em mim

Eu te lembro, assim

Partir é morrer

Como amar

É ganhar

E perder


Tu vieste em flor

Eu te desfolhei

Tu te deste em amor

Eu nada te dei

Em teu corpo, amor

Eu adormeci

Morri nele

E ao morrer

Renasci


E depois do amor

E depois de nós

O dizer adeus

O ficarmos sós

Teu lugar a mais

Tua ausência em mim

Tua paz

Que perdi

Minha dor que aprendi

De novo vieste em flor

Te desfolhei…


E depois do amor

E depois de nós

O adeus

O ficarmos sós

domingo, 14 de junho de 2009

És Grande e eras muito à frente...


António Variações morreu há 25 anos, tinha 39 anos quando faleceu, no Dia de Santo António!

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Tribunal de Contas dá números, mas não pede contas a ninguém...

O Tribunal de Contas fez saber hoje, que foram gastos a mais, 241 milhões de euros em cinco obras públicas...

241 milhões de euros a mais, são cerca de 50 milhões de contos. E eu a pensar que estávamos em crise? Vamos mas é comer sardinhas, beber sangria e dançar e amanhã logo se vê...
Ps: senão for pedir muito, agradecia que os responsáveis pelo gasto dos 241 milhões de euros a mais em obras públicas fossem punidos. Só desta vez, vá lá, ao menos um, pode ser?

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Faz hoje 20 anos...

O Protesto na Praça da Paz Celestial (Tian'anmen) em 1989, mais conhecido como Massacre da Praça da Paz Celestial, ou ainda Massacre de 4 de Junho consistiu em uma série de manifestações lideradas por estudantes na República Popular da China, que ocorreram entre os dias 15 de abril e 4 de junho de 1989. O protesto recebeu o nome do lugar em que o Exército Popular de Libertação suprimiu a mobilização: a praça Tiananmen, em Pequim, capital do país. Os manifestantes (em torno de cem mil) eram oriundos de diferentes grupos, desde intelectuais que acreditavam que o governo do Partido Comunista era demasiado repressivo e corrupto...


Nestes confrontos pensa-se que tenham morrido e desaparecido cerca de 3 mil pessoas, mas o governo Chinês, nunca revelou os números... um dos momentos mais dramáticos e fascinantes, é quando um jovem estudante solitário e desarmado invade a Praça Tiananmen e anonimamente faz parar uma fileira de tanques de guerra. Ele ficou conhecido como "o rebelde desconhecido". Tanto a sua identidade bem como o seu paradeiro são desconhecidas até hoje...

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Quem mostra o cu tem consciência política...


Decorria a década de 90 e os estudantes universitários lutavam contra as propinas no Ensino Superior Público.
Esse movimento estudantil congregou, para além dos alunos do ensino superior, os alunos do secundário, tendo sido a primeira expressão pública massificada de uma geração inconformada, aquela que tem vivido com maior intensidade os efeitos da globalização.
Quatro estudantes universitários e activistas do movimento anti-propinas foram os primeiros a mostrar o rabo aos responsáveis pela instituição das propinas, com o slogan “Não Pago”.
E foi então que Vicente Jorge Silva que é jornalista, político (deputado pelo PS) e cineasta português, se tornou o pai da expressão «Geração Rasca», utilizada num editorial do jornal o Público, por si assinado por altura das manifestações estudantis contra a então responsável pelo Ministério da Educação, Manuela Ferreira Leite (actual candidata ao cargo de Primeira Ministra).
15 anos após estes acontecimentos, a tendência entre os jovens para baixar as calças em público continua – embora de forma menos radical e sem causas visíveis. A geração de 93 não era uma geração de gente rasca, como achava o grande Vicente, mas uma geração de visionários: transformou a expressão Quem tem cu tem medo, mais própria de velhos do Restelo, na expressão Quem mostra o cu tem consciência política. Os chamados de «Geração Rasca», lutavam contra a implementação do regime de propinas no sistema de Ensino Superior Público. A maioria absoluta (liderada pelo então Primeiro Ministro e actual Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva) aprovou a lei apesar da oposição de toda a comunidade académica, bem como da totalidade da oposição, ficando a ressalva de que as propinas teriam como objectivo melhorar a qualidade do ensino, funcionando como complemento ao financiamento público.
15 anos volvidos, e fazendo uma análise retrospectiva da evolução do sistema de Ensino Superior, verifica-se que os receios dos estudantes, os da «Geração Rasca» tinham fundamento.
A lei das propinas foi apenas um passo inicial num processo de desinvestimento público no sistema de Ensino Superior e de transferência dos encargos do Estado para os estudantes, bem como de delegação de responsabilidades na iniciativa privada. No que toca ao montante pago pelos estudantes, o seu valor passou de 6,5€ em 1991/92 para 220€ em 1992/93 e no ano lectivo 2008/09 o valor era de 972,14€. Este valor corresponde a um aumento de 14956%
Realmente os portugueses e em especial os estudantes universitários, deviam agradecer aos Senhores Professores Aníbal Cavaco Silva e Manuela Ferreira Leite pela criação desta lei, mas também ao Engenheiro José Sócrates, pela sua manutenção. O Ensino Superior Público está muito melhor, as universidades oferecem boas condições aos estudantes… qualquer problema que tenha surgido ou que venha a surgir, deve ser encaminhado para uma coisa com o nome “é a crise pá”, ou "faz-te à vida"...

Baseado nos textos de Les Canards Libertaîre.blogspot e Bitaites.org