sexta-feira, 29 de maio de 2009
quinta-feira, 28 de maio de 2009
quarta-feira, 27 de maio de 2009
segunda-feira, 25 de maio de 2009
sexta-feira, 22 de maio de 2009
sábado, 9 de maio de 2009
Qu'est ce que la propriéte? Escrito em 1840...
segunda-feira, 4 de maio de 2009
domingo, 3 de maio de 2009
Poderia ter sido escrito hoje...
O País perdeu a inteligência e a consciência moral. Os costumes estão dissolvidos e os caracteres corrompidos. A prática da vida tem por única direcção a conveniência. Não há princípio que não seja desmentido, nem instituição que não seja escarnecida. Ninguém se respeita. Não existe nenhuma solidariedade entre os cidadãos. Já se não crê na honestidade dos homens públicos. A classe média abate-se progressivamente na imbecilidade e na inércia. O povo está na miséria. Os serviços públicos vão abandonados a uma rotina dormente. O desprezo pelas ideias aumenta em cada dia. Vivemos todos ao acaso. Perfeita, absoluta indiferença de cima a baixo! Todo o viver espiritual, intelectual, parado. O tédio invadiu as almas. A mocidade arrasta-se, envelhecida, das mesas das secretarias para as mesas dos cafés. A ruína económica cresce, cresce, cresce... O comércio definha. A indústria enfraquece. O salário diminui. O Estado é considerado na sua acção fiscal como um ladrão e tratado como um inimigo. Texto de Eça de Queiroz em "Uma Campanha Alegre", escrito em 1871.
sábado, 2 de maio de 2009
Elogio da loucura de Erasmo de Roterdão...
Aqui estão alguns excertos:
"Admiro a delicadeza dos ouvidos do nosso tempo, que não admitem mais do que a linguagem plena de lisonja solene".
"À falta de palavras exóticas, vão buscar quatro ou cinco fórmulas arcaicas aos pergaminhos pútridos, ofuscando com trevas os olhos do leitor, para que assim os entendedores mais orgulhosamente se deleitem e para que os ignorantes tanto mais admirem quanto menos compreenderem" .
"Estas pessoas tristes e demasiado clarividentes discernem os vícios dos amigos de maneira tão aguda como a da águia ou da serpente do Epidauro. Mas quanto aos vícios próprios, não vêem o peso que trazem às costas ".
"Haverá coisa mais louca, dizem, do que adular o povo por uma candidatura, comprar votos, conquistar os aplausos de tantos loucos, comprazer-se com as aclamações deles, deixar-se levar em triunfo como um ídolo, ou estar no fórum como uma estátua? Acrescei a isto a ostentação dos nomes e cognomes. Acrescei as honras divinas prestadas a homúnculos, acrescei as cerimónias públicas em que são consagrados aos deuses os mais celerados tiranos. Tudo coisas louquíssimas, para se rir das quais não bastaria um Demócrito. (…) é esta loucura que edifica cidades, estabelece impérios, magistraturas, religião, justiça e conselho".
Convêm dizer que Erasmo escreveu esta obra em 1509, mas que se poderia aplicar aos nossos tempos. O homem era um verdadeiro visionário...