"Afastar muitos para longe do rebanho, foi para isso que eu vim!" Nietzsche
quarta-feira, 31 de outubro de 2012
Se este orçamento castrador for aprovado, podes agradecer a estes senhores e senhoras...
Se clicares em cima do nome dos deputados podes ver a sua fotografia, curriculum e o seu endereço electrónico para lhe poderes enviar um e-mail a contar o que te vai na alma...
Deputados da bancada do CDS/PP
Abel Baptista CDS/PP Viana do Castelo
Adolfo Mesquita Nunes CDS/PP Lisboa
Altino Bessa CDS/PP Braga
Artur Rêgo CDS/PP Faro
Helder Amaral CDS/PP Viseu
Inês Teotónio Pereira CDS/PP Lisboa
Isabel Galriça Neto CDS/PP Lisboa
João Paulo Viegas CDS/PP Setúbal
João Pinho de Almeida CDS/PP Porto
João Rebelo CDS/PP Lisboa
João Serpa Oliva CDS/PP Coimbra
José Lino Ramos CDS/PP Lisboa
José Ribeiro e Castro CDS/PP Porto
Michael Seufert CDS/PP Porto
Nuno Magalhães CDS/PP Setúbal
Raúl de Almeida CDS/PP Aveiro
Telmo Correia CDS/PP Braga
Teresa Caeiro CDS/PP Lisboa
Deputados da bancada do PSD:
Adão Silva PSD Bragança
Adriano Rafael Moreira PSD Porto
Amadeu Soares Albergaria PSD Aveiro
Ana Sofia Bettencourt PSD Lisboa
Andreia Neto PSD Porto
Ângela Guerra PSD Guarda
António Prôa PSD Lisboa
António Rodrigues PSD Lisboa
Arménio Santos PSD Viseu
Bruno Coimbra PSD Aveiro
Bruno Vitorino PSD Setúbal
Carina Oliveira PSD Santarém
Carlos Abreu Amorim PSD Viana do Castelo
Carlos Costa Neves PSD Castelo Branco
Carlos Peixoto PSD Guarda
Carlos Santos Silva PSD Lisboa
Carlos São Martinho PSD Castelo Branco
Clara Marques Mendes PSD Braga
Conceição Bessa Ruão PSD Porto
Couto dos Santos PSD Aveiro
Cristóvão Crespo PSD Portalegre
Cristóvão Norte PSD Faro
Cristóvão Simão Ribeiro PSD Porto
Duarte Marques PSD Santarém
Duarte Pacheco PSD Lisboa
Eduardo Teixeira PSD Viana do Castelo
Elsa Cordeiro PSD Faro
Emídio Guerreiro PSD Braga
Emília Santos PSD Porto
Feliciano Barreiras Duarte PSD Leiria
Fernando Marques PSD Leiria
Fernando Negrão PSD Braga
Fernando Virgílio Macedo PSD Porto
Francisca Almeida PSD Braga
Graça Mota PSD Braga
Hélder Sousa Silva PSD Lisboa
Joana Barata Lopes PSD Lisboa
João Figueiredo PSD Viseu
João Lobo PSD Braga
Jorge Paulo Oliveira PSD Braga
José de Matos Correia PSD Lisboa
José de Matos Rosa PSD Lisboa
José Manuel Canavarro PSD Coimbra
Luís Campos Ferreira PSD Porto
Luís Leite Ramos PSD Vila Real
Luís Menezes PSD Porto
Luís Montenegro PSD Aveiro
Luís Vales PSD Porto
Margarida Almeida PSD Porto
Maria Conceição Pereira PSD Leiria
Maria das Mercês Borges PSD Setúbal
Maria José Castelo Branco PSD Porto
Maria Manuela Tender PSD Vila Real
Maria Paula Cardoso PSD Aveiro
Mário Magalhães PSD Porto
Maurício Marques PSD Coimbra
Mendes Bota PSD Faro
Miguel Frasquilho PSD Porto
Miguel Santos PSD Porto
Mónica Ferro PSD Lisboa
Nilza de Sena PSD Coimbra
Nuno Encarnação PSD Coimbra
Nuno Reis PSD Braga
Nuno Serra PSD Santarém
Odete Silva PSD Lisboa
Paulo Batista Santos PSD Leiria
Paulo Cavaleiro PSD Aveiro
Paulo Mota Pinto PSD Lisboa
Paulo Rios de Oliveira PSD Porto
Paulo Simões Ribeiro PSD Setúbal
Pedro Alves PSD Viseu
Pedro do ó Ramos PSD Setúbal
Pedro Lynce PSD Évora
Pedro Pimpão PSD Leiria
Pedro Pinto PSD Lisboa
Pedro Roque PSD Faro
Rosa Arezes PSD Viana do Castelo
Sérgio Azevedo PSD Lisboa
Teresa Costa Santos PSD Viseu
Teresa Leal Coelho PSD Aveiro
Vasco Cunha PSD Santarém
Lista retirada do site do Parlamento, vai lá e podes ter acesso a mais informação.
sábado, 13 de outubro de 2012
quinta-feira, 11 de outubro de 2012
quarta-feira, 10 de outubro de 2012
terça-feira, 9 de outubro de 2012
O Cano De Uma Pistola Pelo Cu. Pelo escritor Juan José Millás, no jornal El Pais...
Se percebemos bem – e não é fácil, porque somos um bocado tontos -, a economia financeira é a economia real do senhor feudal sobre o servo, do amo sobre o escravo, da metrópole sobre a colónia, do capitalista manchesteriano sobre o trabalhador explorado. A economia financeira é o inimigo da classe da economia real, com a qual brinca como um porco ocidental com corpo de criança num bordel asiático.
Esse porco filho da puta pode, por exemplo, fazer com que a tua produção de trigo se valorize ou desvalorize dois anos antes de sequer ser semeada. Na verdade, pode comprar-te, sem que tu saibas da operação, uma colheita inexistente e vendê-la a um terceiro, que a venderá a um quarto e este a um quinto, e pode conseguir, de acordo com os seus interesses, que durante esse processo delirante o preço desse trigo quimérico dispare ou se afunde sem que tu ganhes mais caso suba, apesar de te deixar na merda se descer.
Se o preço baixar demasiado, talvez não te compense semear, mas ficarás endividado sem ter o que comer ou beber para o resto da tua vida e podes até ser preso ou condenado à forca por isso, dependendo da região geográfica em que estejas – e não há nenhuma segura. É disso que trata a economia financeira.
Para exemplificar, estamos a falar da colheita de um indivíduo, mas o que o porco filho da puta compra geralmente é um país inteiro e ao preço da chuva, um país com todos os cidadãos dentro, digamos que com gente real que se levanta realmente às seis da manhã e se deita à meia-noite. Um país que, da perspetiva do terrorista financeiro, não é mais do que um jogo de tabuleiro no qual um conjunto de bonecos Playmobil andam de um lado para o outro como se movem os peões no Jogo da Glória.
A primeira operação do terrorista financeiro sobre a sua vítima é a do terrorista convencional: o tiro na nuca. Ou seja, retira-lhe todo o caráter de pessoa, coisifica-a. Uma vez convertida em coisa, pouco importa se tem filhos ou pais, se acordou com febre, se está a divorciar-se ou se não dormiu porque está a preparar-se para uma competição. Nada disso conta para a economia financeira ou para o terrorista económico que acaba de pôr o dedo sobre o mapa, sobre um país – este, por acaso -, e diz “compro” ou “vendo” com a impunidade com que se joga Monopólio e se compra ou vende propriedades imobiliárias a fingir.
Quando o terrorista financeiro compra ou vende, converte em irreal o trabalho genuíno dos milhares ou milhões de pessoas que antes de irem trabalhar deixaram na creche pública – onde estas ainda existem – os filhos, também eles produto de consumo desse exército de cabrões protegidos pelos governos de meio mundo mas sobreprotegidos, desde logo, por essa coisa a que chamamos Europa ou União Europeia ou, mais simplesmente, Alemanha, para cujos cofres estão a ser desviados neste preciso momento, enquanto lê estas linhas, milhares de milhões de euros que estavam nos nossos cofres. E não são desviados num movimento racional, justo ou legítimo, são-no num movimento especulativo promovido por Merkel com a cumplicidade de todos os governos da chamada zona euro.
Tu e eu, com a nossa febre, os nossos filhos sem creche ou sem trabalho, o nosso pai doente e sem ajudas, com os nossos sofrimentos morais ou as nossas alegrias sentimentais, tu e eu já fomos coisificados por Draghi, por Lagarde, por Merkel, já não temos as qualidades humanas que nos tornam dignos da empatia dos nossos semelhantes. Somos simples mercadoria que pode ser expulsa do lar de idosos, do hospital, da escola pública, tornámo-nos algo desprezível, como esse pobre tipo a quem o terrorista, por antonomásia, está prestes a dar um tiro na nuca em nome de Deus ou da pátria.
A ti e a mim, estão a pôr nos carris do comboio uma bomba diária chamada prémio de risco, por exemplo, ou juros a sete anos, em nome da economia financeira. Avançamos com ruturas diárias, massacres diários, e há autores materiais desses atentados e responsáveis intelectuais dessas ações terroristas que passam impunes entre outras razões porque os terroristas vão a eleições e até ganham, e porque há atrás deles importantes grupos mediáticos que legitimam os movimentos especulativos de que somos vítimas.
A economia financeira, se começamos a perceber, significa que quem te comprou aquela colheita inexistente era um cabrão com os documentos certos. Terias tu liberdade para não vender? De forma alguma. Tê-la-ia comprado ao teu vizinho ou ao vizinho deste. A atividade principal da economia financeira consiste em alterar o preço das coisas, crime proibido quando acontece em pequena escala, mas encorajado pelas autoridades quando os valores são tamanhos que transbordam dos gráficos.
Aqui se modifica o preço das nossas vidas todos os dias sem que ninguém resolva o problema, ou mais, enviando as autoridades para cima de quem tenta fazê-lo. E, por Deus, as autoridades empenham-se a fundo para proteger esse filho da puta que te vendeu, recorrendo a um esquema legalmente permitido, um produto financeiro, ou seja, um objeto irreal no qual tu investiste, na melhor das hipóteses, toda a poupança real da tua vida. Vendeu fumaça, o grande porco, apoiado pelas leis do Estado que são as leis da economia financeira, já que estão ao seu serviço.
Na economia real, para que uma alface nasça, há que semeá-la e cuidar dela e dar-lhe o tempo necessário para se desenvolver. Depois, há que a colher, claro, e embalar e distribuir e faturar a 30, 60 ou 90 dias. Uma quantidade imensa de tempo e de energia para obter uns cêntimos que terás de dividir com o Estado, através dos impostos, para pagar os serviços comuns que agora nos são retirados porque a economia financeira tropeçou e há que tirá-la do buraco. A economia financeira não se contenta com a mais-valia do capitalismo clássico, precisa também do nosso sangue e está nele, por isso brinca com a nossa saúde pública e com a nossa educação e com a nossa justiça da mesma forma que um terrorista doentio, passo a redundância, brinca enfiando o cano da sua pistola no rabo do sequestrado.
Há já quatro anos que nos metem esse cano pelo rabo. E com a cumplicidade dos nossos."
segunda-feira, 1 de outubro de 2012
António Borges foi encarregado pelo primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, sobre a alçada de Miguel Relvas para liderar uma equipa que acompanhará, junto da Troika, os processos de privatizações, as renegociações das parcerias público-privadas, a reestruturação do sector empresarial do Estado e a situação da banca. COMO SE PODE PERCEBER TUDO BONS RAPAZES. A falta de vergonha tem limites, mas não para este governo...
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