Decorria a década de 90 e os estudantes universitários lutavam contra as propinas no Ensino Superior Público.
Esse movimento estudantil congregou, para além dos alunos do ensino superior, os alunos do secundário, tendo sido a primeira expressão pública massificada de uma geração inconformada, aquela que tem vivido com maior intensidade os efeitos da globalização.
Quatro estudantes universitários e activistas do movimento anti-propinas foram os primeiros a mostrar o rabo aos responsáveis pela instituição das propinas, com o slogan “Não Pago”.
E foi então que Vicente Jorge Silva que é jornalista, político (deputado pelo PS) e cineasta português, se tornou o pai da expressão «Geração Rasca», utilizada num editorial do jornal o Público, por si assinado por altura das manifestações estudantis contra a então responsável pelo Ministério da Educação, Manuela Ferreira Leite (actual candidata ao cargo de Primeira Ministra).
15 anos após estes acontecimentos, a tendência entre os jovens para baixar as calças em público continua – embora de forma menos radical e sem causas visíveis. A geração de 93 não era uma geração de gente rasca, como achava o grande Vicente, mas uma geração de visionários: transformou a expressão Quem tem cu tem medo, mais própria de velhos do Restelo, na expressão Quem mostra o cu tem consciência política. Os chamados de «Geração Rasca», lutavam contra a implementação do regime de propinas no sistema de Ensino Superior Público. A maioria absoluta (liderada pelo então Primeiro Ministro e actual Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva) aprovou a lei apesar da oposição de toda a comunidade académica, bem como da totalidade da oposição, ficando a ressalva de que as propinas teriam como objectivo melhorar a qualidade do ensino, funcionando como complemento ao financiamento público.
15 anos volvidos, e fazendo uma análise retrospectiva da evolução do sistema de Ensino Superior, verifica-se que os receios dos estudantes, os da «Geração Rasca» tinham fundamento.
A lei das propinas foi apenas um passo inicial num processo de desinvestimento público no sistema de Ensino Superior e de transferência dos encargos do Estado para os estudantes, bem como de delegação de responsabilidades na iniciativa privada. No que toca ao montante pago pelos estudantes, o seu valor passou de 6,5€ em 1991/92 para 220€ em 1992/93 e no ano lectivo 2008/09 o valor era de 972,14€. Este valor corresponde a um aumento de 14956%
Realmente os portugueses e em especial os estudantes universitários, deviam agradecer aos Senhores Professores Aníbal Cavaco Silva e Manuela Ferreira Leite pela criação desta lei, mas também ao Engenheiro José Sócrates, pela sua manutenção. O Ensino Superior Público está muito melhor, as universidades oferecem boas condições aos estudantes… qualquer problema que tenha surgido ou que venha a surgir, deve ser encaminhado para uma coisa com o nome “é a crise pá”, ou "faz-te à vida"...
Baseado nos textos de Les Canards Libertaîre.blogspot e Bitaites.org
E foi então que Vicente Jorge Silva que é jornalista, político (deputado pelo PS) e cineasta português, se tornou o pai da expressão «Geração Rasca», utilizada num editorial do jornal o Público, por si assinado por altura das manifestações estudantis contra a então responsável pelo Ministério da Educação, Manuela Ferreira Leite (actual candidata ao cargo de Primeira Ministra).
15 anos após estes acontecimentos, a tendência entre os jovens para baixar as calças em público continua – embora de forma menos radical e sem causas visíveis. A geração de 93 não era uma geração de gente rasca, como achava o grande Vicente, mas uma geração de visionários: transformou a expressão Quem tem cu tem medo, mais própria de velhos do Restelo, na expressão Quem mostra o cu tem consciência política. Os chamados de «Geração Rasca», lutavam contra a implementação do regime de propinas no sistema de Ensino Superior Público. A maioria absoluta (liderada pelo então Primeiro Ministro e actual Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva) aprovou a lei apesar da oposição de toda a comunidade académica, bem como da totalidade da oposição, ficando a ressalva de que as propinas teriam como objectivo melhorar a qualidade do ensino, funcionando como complemento ao financiamento público.
15 anos volvidos, e fazendo uma análise retrospectiva da evolução do sistema de Ensino Superior, verifica-se que os receios dos estudantes, os da «Geração Rasca» tinham fundamento.
A lei das propinas foi apenas um passo inicial num processo de desinvestimento público no sistema de Ensino Superior e de transferência dos encargos do Estado para os estudantes, bem como de delegação de responsabilidades na iniciativa privada. No que toca ao montante pago pelos estudantes, o seu valor passou de 6,5€ em 1991/92 para 220€ em 1992/93 e no ano lectivo 2008/09 o valor era de 972,14€. Este valor corresponde a um aumento de 14956%
Realmente os portugueses e em especial os estudantes universitários, deviam agradecer aos Senhores Professores Aníbal Cavaco Silva e Manuela Ferreira Leite pela criação desta lei, mas também ao Engenheiro José Sócrates, pela sua manutenção. O Ensino Superior Público está muito melhor, as universidades oferecem boas condições aos estudantes… qualquer problema que tenha surgido ou que venha a surgir, deve ser encaminhado para uma coisa com o nome “é a crise pá”, ou "faz-te à vida"...
Baseado nos textos de Les Canards Libertaîre.blogspot e Bitaites.org
1 comentário:
Gostei muito do blog.
Parabéns
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