"Tal como a escravidão e o apartheid, a pobreza não é natural. É feita pelo homem e pode ser ultrapassada e erradicada pelas acções de seres humanos"...
"Afastar muitos para longe do rebanho, foi para isso que eu vim!" Nietzsche
sexta-feira, 18 de julho de 2014
Hoje comemora-se o Dia Internacional Nelson Mandela...
Pela liberdade, justiça e democracia é uma comemoração internacional instituída pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas em novembro de 2009, a ser comemorado em todos os dias 18 de julho, data de nascimento do líder sul-africano Nelson Mandela. Por meio da Resolução A/RES/64/13 a ONU homenageia a dedicação de Mandela a serviço da humanidade, pela resolução de conflitos, pela relação entre as raças, promoção e proteção dos direitos humanos, a reconciliação, igualdade de gêneros e direitos das crianças e outros grupos vulneráveis, e ainda pelo desenvolvimento das comunidades pobres ou subdesenvolvidas..
domingo, 13 de julho de 2014
sábado, 12 de julho de 2014
Os cortes serviram para evitar o colapso do sistema de saúde português???
Os dados divulgados no início desta semana pela OCDE são taxativos: «Portugal continua a ser dos países em que o financiamento público menos cobre as despesas de saúde», o que nos coloca na cauda do conjunto de Estados membros daquela organização. De facto, Portugal chega mesmo, em 2012, a ocupar o último lugar na Europa dos 15, com uma despesa pública em saúde em percentagem do PIB de 5,9% (que é assim inferior à da Grécia, situada em 6,2%). E se em 2010 este indicador estava em linha com a média observada na OCDE (6,8%), sendo contudo inferior à média dos países da UE15 (7,8%), as diferenças acentuam-se em 2012, com praticamente menos um ponto percentual face à média da OCDE e com quase menos dois pontos percentuais de diferença face à média dos países da Europa dos 15. Não é à toa, portanto, que se escolhe ir, em dobro, «além da troika».
O peso da despesa pública em saúde, ao ser «calibrado» em percentagem do PIB, tem um significado muito relevante. Ele diz-nos, no fundo, que parcela da riqueza produzida por um país decide o governo afectar ao sector, evidenciando assim o grau de importância que lhe é atribuído no quadro geral da despesa pública. Podemos, na verdade, produzir menos riqueza que a Alemanha, a Holanda ou a Dinamarca. Mas o que está em causa é outra coisa: relativamente à riqueza que produzimos, o Estado português gasta proporcionalmente menos com saúde do que os Estados desses países. E essa constatação deveria bastar para desmentir todas as narrativas fraudulentas e populistas - a la Medina Carreira - em torno das pretensas «gorduras do Estado Social» e da sua suposta «desmesura» e «insustentabilidade», face às «capacidades» da «economia real» para «suportar» esses «encargos».
Perante estes dados - que evidenciam o afastamento crescente de Portugal, desde 2010, em relação à OCDE e à UE15 - causa pois a maior das perplexidades que o Comissário Europeu da Saúde, Tonio Borg, tenha tido a descomunal lata de considerar que, no quadro do Memorando de Entendimento assinado com a troika, «as reformas foram bem sucedidas a reduzir a despesa em saúde em percentagem do Produto Interno Bruto». Para concluir, ainda com maior despudor, que «os cortes serviram para evitar o colapso do sistema de saúde português». Colapso? Mas que colapso? Estará porventura o comissário europeu a sugerir que «evitámos», desta forma, o tenebroso «risco» de afectar, ao sector da saúde, uma parte da riqueza nacional proporcionalmente equivalente àquela que a generalidade dos países europeus lhe dedica?...
Pântano portubes!
Ó bes salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te mantermos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas encolheram os pés
Para ficares com o nosso, ó bes!
São lágrimas de Portugal!
Por te mantermos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas encolheram os pés
Para ficares com o nosso, ó bes!
Sejam pro-activos mas conformem-se
Os arautos da nova psicologia, que criticam a lamúria e exortam os portugueses a ser pro-activos e a dar a volta por cima, são os mesmos que contestam o inconformismo de quem anda a ver a vida a andar para trás. Comparando os níveis de desenvolvimento actuais com os dos tempos dos nossos avós, lembram a este povo mimado que nunca viveu tão bem como agora..
sábado, 21 de junho de 2014
quarta-feira, 11 de junho de 2014
terça-feira, 13 de maio de 2014
Mineiros...
Che Guevara, dia 12 de Março de 1952, minas de Chuquicamata, Chile.
"Ali nos fizemos amigos de um casal de jovens mineiros que eram comunistas (...) O casal, hirto na noite desértica, apertados um contra o outro, era a expressão viva do proletariado de qualquer mundo... não tinha nem uma mísera manta com que se cobrir, de forma que lhe demos uma das nossas. Esse foi um dos momentos em que mais frio passei, mas em que também me senti mais irmanado com esta para mim estranha espécie humana". Nunca mais esqueci estas palavras.
Tenho um profundo respeito por todos aqueles que foram, são e continuam a ser um símbolo de luta, de resistência e que tantas vezes se sacrificaram para que outros alcançassem melhores condições de trabalho e uma vida melhor. Quase todas as grandes lutas por melhores condições de trabalho foram encabeçadas por mineiros e muitas vezes com o sacrifício da própria vida. Pessoas que não vimos, que não ouvimos, que não conhecemos. Mas de cada vez que ligamos a TV, que tomamos banho, que acendemos uma luz, que atendemos o tlm, que oferecemos um anel, que se realiza uma cirurgia ou simplesmente quando estamos sentados à mesa a comer, o trabalho de um mineiro está presente.
Historicamente os mineiros estão profundamente relacionados com a melhoria da qualidade de vida da Humanidade (redução da carga semanal de trabalho, redução da carga horária, melhores salários, foi com eles que o conceito de strike (greve) ganhou uma nova força, bem como o sindicalismo; estiveram ainda envolvidos na criação de projectos de seguro na velhice, doença e acidente com base nas contribuições dos trabalhadores e empresários a uma caixa que administrava os respectivos fundos, contratava serviços e pagava prestações).
Os mineiros são homens e mulheres resistentes, resilientes e com uma capacidade de trabalho imensa. E como o Ricardo Araújo Pereira disse uma vez numa entrevista "porque um mineiro que esteja a ler a revista pensa «desgastante isto, mas o quê? Inventar uma palhaçada por dia?» Quando digo «eu estou um bocadinho cansado», ocorre-me sempre um mineiro e faço-me homem..."
O dia 12 de Março 1952 para Che fez toda a diferença, talvez tenha sido esse dia que o fez tornar naquilo que veio a ser.
Dei por mim a pensar nisto depois de uma conversa em que se falava sobre a diminuição do valor do trabalho. Não podemos deixar de lutar para que o sacrifício e a luta de muitos e em especial dos mineiros tenha sido em vão...
quarta-feira, 7 de maio de 2014
segunda-feira, 17 de março de 2014
sábado, 15 de março de 2014
quarta-feira, 12 de março de 2014
Voltou-se a repetir o irrepetível..
Mãe Migrante (Migrant Mother). – Dorothea Lange. – Fotografia feita em Nipomo, Califórnia, entre fevereiro e março de 1936. A imagem de Florence Owens Thompson, uma mulher retirante, e dos seus sete filhos, tornaram-se o símbolo da miséria provocada pela grande depressão de 1929.
A miséria dos catadores de ervilhas, dos trabalhadores do campo, é refletida nos olhos de Florence Owens Thompson, aqui amparando nos ombros dois dos seus sete filhos e um terceiro nos braços. A ambição humana explodira a Bolsa de Nova York em 1929, levando o mundo à miséria e à fome. A mulher fotografada traz no rosto o semblante latente da fome, ainda assim, demonstra uma dignidade pulsante, uma força que a faz sobreviver às hostilidades de um mundo cáustico em seu capitalismo desmedido.
Não é a mulher que posa para a fotografia, e sim a mãe, um ser totalmente desprovido das vaidades femininas, com as mãos maltratadas, feitas para afagar a prole no momento da fome. As rugas na testa e em volta dos olhos iluminam a madona, apagando a Eva que um dia transitou nua pelo paraíso de si mesma, a mulher que sobrevive das aves que os filhos caçam, que mora em uma barraca coberta por lona. Aos trinta e dois anos, Florence Owens Thompson traz as marcas profundas do seu tempo, se a juventude esvai-se com a fome que a assombra, a sua beleza agreste traz toda a profundidade do mundo.
“Mãe Migrante” não nos revela a luz de uma imagem de um país africano, asiático ou do nordeste brasileiro, mas do país mais poderoso e rico do mundo, que na perseguição ambiciosa dos especuladores financeiros, gerou a mais profunda depressão e miséria. A imagem correu os Estados Unidos e o mundo, transformando-se no símbolo da depressão americana. Curiosamente, em 2008 os especuladores financeiros continuam a jogar sobre o mundo a sombra do colapso e da miséria, frutos da ganância de Wall Street...
Factos: dinheiro colocado no BPN 8,5 mil milhões. Orçamento para cultura este ano, 174 milhões. O exercício que vou explanar a meu ver é legítimo, interessante e bastante esclarecedor. Se dividíssemos o dinheiro já injectado no BPN pelo orçamento para a cultura e se este fosse sempre de 174 milhões todos os anos. Tínhamos orçamento garantido para a cultura durante 48 ANOS. Sim leu bem, 48 ANOS. Já o outro dizia "é fazer as contas"...
A esquerda acredita que as pessoas são mais iguais do que desiguais, e por isso defende que a sociedade deve tender para reproduzir essa igualdade; a direita acredita que as pessoas são mais desiguais do que iguais, e por isso considera natural, e até justo, que a sociedade reproduza essa desigualdade...
Para mim é um LIVRO OBRIGATÓRIO! Nesta obra Saramago retrata a luta de um povo face às forças opressoras (os latifundiários, as forças da ordem e a Igreja). Luta obstinada e de muitos sacrifícios, feita sobre um ambiente de miséria rural. É uma fotografia do movimento antifascista no Alentejo, no qual Saramago revela bem as suas opções políticas..
quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014
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