No Corno de África, 12 milhões de pessoas passam fome. Há relatos de mães na Somália que se veem obrigadas a escolher os filhos para carregar até aos campos de refugiados. Deixam para trás os mais fracos, para tentar salvar os mais fortes. A alternativa é a morte de ambos.
Na Somália, a maior seca dos últimos 60 anos provocou um desastre humanitário e colocou 3,7 milhões de pessoas em risco de morrer à fome. Os médicos não conseguem evitar a morte de uma média de 50 crianças por dia.
Segundo revela a diretora do Programa Alimentar Mundial, Josette Sheeran, as crianças da Somália estão “em subnutrição avançada” e têm menos de 40 por cento de hipóteses de sobrevivência.
Mas o problema alastra-se ao Corno de África, onde 12 milhões de pessoas enfrentam risco de fome, se a comunidade internacional não se mobilizar de forma imediata. São necessários 200 milhões euros para enfrentar o problema nos próximos dois meses e mais mil milhões em 2012.
“Os efeitos da seca, da inflação e os conflitos provocaram uma situação catastrófica, que exige uma ajuda humanitária urgente e em massa”, alertou Jacques Diouf, diretor-geral da FAO, Fundo das Nações Unidas
Para a Alimentação e Agricultura.
Numa reunião extraordinária, que decorreu em Roma, Diouf revela que na Somália, Etiópia, Djibuti, Sudão e no Uganda há um drama que pode atingir proporções sem precedentes
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