"Afastar muitos para longe do rebanho, foi para isso que eu vim!" Nietzsche

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

A silly season não é só no mês de Agosto, ela mantém-se desde há vários anos...


O IVA do gás e da electricidade passam para 23%, mas o golfe mantém-se nos 6%. Cada vez surgem mais e mais impostos, o dinheiro das privatizações dão para o país "viver" durante 4 meses. O IMI vai subir, surge mais um imposto extraordinário, as deduções possíveis no IRS reduzem-se a quase nada ou desaparecem por completo. Os salários, subidas e progressões na carreira mantém-se congeladas. A subida nos transportes foi na ordem de 15 a 25% e corta-se na saúde e na educação.
Passaram meses antes das eleições a dizer que tinham um plano para Portugal, até tinham as famosas 365 medidas. Disseram que os impostos ao contrário do governo de Sócrates não iam ser aumentadas, que o sacrifício desta vez ia ser mesmo partilhado por todos, que iam cortar "nas gorduras do Estado"... mas afinal aconteceu o contrário!
Para aumentar os impostos, não tocar naqueles que mais ganham, naqueles que enriquecem ilicitamente, para não se combater os crimes fiscais e de colarinho branco, para isso não era preciso termos mudado de governo, nem mesmo colocar como ministro das finanças um Sr Professor. Qualquer um consegue fazer o que o ministro "Colossal" faz... Se ainda havia alguém que estivesse iludido que este governo nos ia salvar, ou que ia fazer diferente do governo anterior, ou mesmo fazer as reformas necessárias, justas e socialmente importantes, penso que acabou de perceber que foi mais uma vez enganado. Ainda gostava de saber se este governo mantém o estado de graça.

Ps 1: todas esta medidas o governo foi rápido e expedito a tomá-las, mas quando questionado se iria criar um imposto para os mais ricos, eles responderam "vamos pensar"...
Ps 2: já agora não foi o nosso Presidente da República que disse no governo de Sócrates que havia limites para os sacrifícios exigidos aos portugueses. Alguém o ouvir dizer alguma coisa sobre este ataque aqueles que menos têm, menos podem...?
Ps 3: ate quando é que vamos continuar aceitar isto? Para quando vamos tomar uma atitude firme, justa e verdadeiramente patriótica...?

sábado, 27 de agosto de 2011

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Ontem fui ver este filme. Gosto imenso do cinema asiático em especial o cinema coreano. Choi Min-sik está quase tão bem como no filme "Old Boy"...


Kyung-chul (Choi Min-sik) é um sádico sexual que mata sem remorsos e com requintes de crueldade. Com toda a polícia de Seul no seu encalço, nada o parece parar até ao dia em que escolhe como vítima a jovem noiva de Soo-hyun (Lee Byung-hun), um agente da polícia secreta coreana. Devastado pelo sofrimento e obcecado com a vingança, Soo-hyun só tem um objectivo: fazer Kyung-chul sentir o mesmo horror e sofrimento das suas vítimas. Assim começa um jogo macabro em que caçador e presa trocam de papéis: o psicopata assassino é convertido em vítima e a sua presa acaba transformado num monstro igual àquele que desejava destruir.

Um filme de terror realizado pelo sul-coreano Kim Ji-woon ("A Tale of Two Sisters", "The Good, The Bad and the Weard"). Na Secção Oficial da edição de 2011 do Fantasporto recebeu o prémio de melhor realização e, na categoria Orient Express, o de melhor filme.
 


I'm feeling blue...

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Silly Season...?



No jornal da tarde foi mostrado a revolta de imensas pessoas por não existirem bilhetes suficientes e por existirem apenas duas bilheteiras para venderem os ingressos para o jogo amigável entre Portugal vs Luxemburgo. Pessoas indignadas, revoltadas e palavras como “é uma vergonha” foram várias vezes prenunciadas. Gostava tanto que os Portugueses se manifestassem, se indignassem e se revoltassem não apenas com o futebol, mas principalmente pelo que este governo está a fazer neste período de férias. Não admira que este período seja apelidado de silly season.

Aumentos nos transportes de 15 e em alguns casos de 25 por cento. Possível aumento do IVA, imposto que categoricamente este governo disse várias vezes que não ia aumentar. Redução dos apoios sociais, redução do subsidio de desemprego, alterações dos escalões do IRS que prejudicam claramente a classe média e quem trabalha por contra de outrem, medidas que promovem visivelmente o desemprego, alterações na política do medicamento em particular e na saúde em geral que prejudicam a população doente, privatizações de sectores importantíssimos como por exemplo a água, que serão vendidas a preço de saldo. Nomeações incompreensíveis, sendo que em muitas existem descaradamente conflito de interesses que prejudicam o Estado…

Mas e as verdadeiras, as necessárias, as irremediáveis medidas que têm que ser tomadas como o corte inequívoco na despesa. Essa é para quando? Para quando a alteração da lei fiscal e contributiva, para quando um combate honesto, empenhado e categórico aos crimes de colarinho branco, ao enriquecimento ilícito e à fuga de impostos? Para quando uma verdadeira moralização das ditas “elites” deste país que nos levaram a este fim anunciado durante tantos anos e que as ditas “elites” fizeram ouvidos de mercador?

Sinceramente gostava que os Portugueses se manifestassem porque os bilhetes são poucos para um jogo da selecção, mas gostava ainda mais que esses mesmos Portugueses reflectissem e se empenhassem com o objectivo de mostrar a este governo e às ditas “elites” do nosso país que assim não vamos lá.

Se o futebol tem um papel tão motivador e mobilizador dos Portugueses, se calhar está na hora dos super atletas da selecção de futebol também eles reflectirem e tornarem-se mais interventivos, mais pro activos e mais dinamizadores para a criação de sinergias como forma de pressão para mostrar ao governo e às ditas “elites” do nosso pais que o caminho não é este e para lhes exigir uma verdadeira e genuína mudança, para que o esforço seja partilhado por todos, para que todos possamos recuperar deste marasmo. Só todos juntos conseguiremos vencer…

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Este filme podia ter sido realizado pelo Emir Kusturica. Isto é um elogio...

Ontem a sorte bateu-me à porta. Ia eu ao cimena pronto para ver o filme «O atalho» quando reparo que ia ser a ante-estreia do filme «A viagem do director». A senhora da bilheteira diz-me "hoje não dá para ver o filme O atalho" (é o que dá consultar os horários na net, pensei eu). Um bocado aborrecido pergunto-lhe, "posso comprar um bilhete para o filme A viagem do director?". A resposta foi, "o filme é só para quem tem convite!" Resignado viro costas ainda com o dinheiro na mão... mas a noite ainda não tinha acabado, uma alma caridosa que ouviu o meu dialogo com a senhora da bilheteira educadamente diz-me o seguinte, "eu tenho dois convites e só preciso de um, se quiser dou-lhe o meu!" Levantei a cabeça, arregalei os olhos e agradeci. Ingenuamente peguei no dinheiro e disse-lhe, "quanto é?" A esta pergunta a caridosa senhora respondeu, "não e nada é um convite..." Quero desde já agradecer à ilustre desconhecida que me ofereceu o bilhete para a ante-estreia, obrigado...



O director de Recursos Humanos (Mark Ivanir) de uma das melhores e mais conceituadas pastelarias de Jerusalém está a viver um momento muito delicado: a sua mulher abandonou-o, perdeu o relacionamento com a filha e o seu emprego só lhe traz aborrecimentos. Quando uma das suas empregadas, emigrante romena, morre num atentado suicida na própria pastelaria onde trabalhava, ninguém vem reclamar o corpo. Acusado de impiedade e desinteresse pelos seus funcionários, é pressionado a levar o cadáver da mulher para o país natal desta e entregar o caixão à família.

Na longa jornada de Israel a uma aldeia remota na Roménia, na companhia do cadáver, ele vai conhecer outras realidades, descobrindo uma nova vida.

Uma comédia dramática realizada por Eran Riklis ("Lemon Tree", "The Syrian Bride"), que adapta a obra "A Woman in Jerusalem", escrita por A. B. Yehoshua. PÚBLICO






“If you’re fighting for a cause, then fight for a fucking cause...”

Isto também é violência? Quando for grande quero ser gestor não executivo...



Gestores não executivos recebem 7400 euros por reunião

Embora não desempenhem cargos de gestão, administradores são bem pagos. Por cada reunião do conselho de administração das cotadas do PSI--20, os administradores não executivos- ou seja, sem funções de gestão - receberam 7427 euros. Segundo contas feitas pelo DN, tendo em conta os responsáveis que ocupam mais cargos deste tipo, esta foi a média de salário obtido em 2009. Daniel Proença de Carvalho, António Nogueira Leite, José Pedro Aguiar-Branco, António Lobo Xavier e João Vieira Castro são os "campeões" deste tipo de funções nas cotadas, sendo que o salário varia conforme as empresas em que trabalham.

Proença de Carvalho é o responsável com mais cargos entre os administradores não executivos das companhias do PSI-20, e também o mais bem pago. O advogado é presidente do conselho de administração da Zon, é membro da comissão de remunerações do BES, vice-presidente da mesa da assembleia geral da CGD e presidente da mesa na Galp Energia. E estes são apenas os cargos em empresas cotadas, já que Proença de Carvalho desempenha funções semelhantes em mais de 30 empresas. Considerando apenas estas quatro empresas (já que só é possível saber a remuneração em empresas cotadas em bolsa), o advogado recebeu 252 mil euros. Tendo em conta que esteve presente em 16 reuniões, Proença de Carvalho recebeu, em média e em 2009, 15,8 mil euros por reunião.

O segundo mais bem pago por reunião é João Vieira Castro (na infografia, a ordem é pelo total de salário). O advogado recebeu, em 2009, 45 mil euros por apenas quatro reuniões, já que é presidente da mesa da assembleia geral do BPI, da Jerónimo Martins, da Sonaecom e da Sonae Indústria. Segue- -se António Nogueira Leite, que é administrador não executivo na Brisa, EDP Renováveis e Reditus, entre outros cargos. O economista recebeu 193 mil euros, estando presente em 36 encontros destas companhias. O que corresponde a mais de 5300 euros por reunião.

O ex-vice presidente do PSD José Pedro Aguiar-Branco é outro dos "campeões" dos cargos nas cotadas nacionais. O advogado é presidente da mesa da Semapa (que não divulga o salário do advogado), da Portucel e da Impresa, entre vários outros cargos. Por duas AG em 2009, Aguiar--Branco recebeu 8080 euros, ou seja, 4040 por reunião.

Administrador não executivo da Sonaecom, da Mota-Engil e do BPI, António Lobo Xavier auferiu 83 mil euros no ano passado (não está contemplado o salário na operadora de telecomunicações, já que não consta do relatório da empresa). Tendo estado presente em 22 encontros dos conselhos de administração destas empresas, o advogado ganhou, por reunião, mais de 3700 euros.

Apesar de desempenhar apenas dois cargos como administrador não executivo, o vice-reitor da Universidade Técnica de Lisboa, Vítor Gonçalves, recebeu mais de 200 mil euros no ano passado. Membro do conselho geral de supervisão da EDP e presidente da comissão para as matérias financeiras da mesma empresa, o responsável é ainda administrador não executivo da Zon, tendo um rácio de quase 5700 euros por reunião.

Noticia retirada do jornal DN


sábado, 6 de agosto de 2011

São deputados deste calibre que temos a representar-nos e a brincar às chamadas falsas...


A deputada do PSD, Joana Barata Lopes, protagonizou, esta manhã, uma pequena polémica durante a audição do presidente do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), no Parlamento, assumindo que o grupo parlamentar fez uma chamada falsa para o 112 para testar a rapidez da resposta do serviço nacional de emergência.


Nome Completo
Joana Catarina Barata Reis Lopes

Data de Nascimento
16-03-1985

Habilitações Literárias
Frequência de Licenciatura em Direito, isso quer dizer o quê??? 

Profissão
Assistente Notarial

Comissões Parlamentares a que pertence
Comissão de Saúde [Suplente]
Comissão de Segurança Social e Trabalho

Alguém me quer explicar porque raio está esta senhora numa comissão de saúde...?

Ps: a imagem foi "retirada" desse grande blog we have kaos in the garden






Disco is not dead...

Disco Time...

Disco is not dead...

Disco is not dead...

Disco is not dead...

Quando estiverem desanimados oiçam isto, comigo resulta... Disco is not dead...

Só para relembrar como é que chegámos aqui...

Quem tem medo do Lobo Mau...


O Capucho não foi escolhido para o Conselho de Estado e Capucha não continua nas Novas Oportunidades...

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Água a fonte da Vida...




As privatizações são o objectivo central deste governo. Porquê esta centralidade se as receitas que elas geram são uma migalha da dívida? Porque o verdadeiro objectivo delas é destruir o Estado Social, eliminar a ideia de que o Estado deve ter, como função primordial, garantir níveis decentes e universais de protecção social. Sujeitar os serviços públicos à lógica do mercado implica transformar cidadãos com direitos em consumidores com necessidades que se satisfazem no mercado.

Mas há privatizações e privatizações, e a privatização da água é a mais indecoroso de todas, porque põe em causa o próprio direito à vida.

Para muitos a 3ª Grande Guerra Mundial será devido a este bem essencial ao Homem, que é um bem comum da Humanidade. Um direito que está privado a cerca de um quarto da população mundial (1,5 mil milhões de pessoas). Sendo que todos os dias morrem cerca de 30 mil pessoas por doenças provocadas pela falta de água potável. Isto associado às graves e constantes alterações climáticas, o futuro não se apresenta brilhante.

Desde os anos 80 que o tsunami neoliberal fez com que muitos países privatizassem os sistemas de água. As consequências foram desastrosas. As tarifas subiram mais de 20 por cento; o investimento na manutenção das infra-estruturas diminuiu; a qualidade da água piorou; as poucas multinacionais que controlam o mercado mundial, ao preferirem as empresas do seu grupo, levaram à falência as empresas nacionais que forneciam os sistemas municipais; houve conflitos violentos, também mas não só, devido a cláusulas danosas nos contractos, conflito de interesses, corrupção, houve países em que era punido quem recolhe-se a própria água da chuva porque até essa pertencia ás empresas. Em vários países, as lutas populares mudaram as Constituições para garantir a água como bem público; iniciativas de cidadãos levaram à substituição das parcerias-públicas.

Este movimento não se limitou ao mundo menos desenvolvido. Por toda a Europa cresce o movimento contra a privatização da água e ele é forte nos países que tutelam hoje a política portuguesa, a França e a Alemanha. Paris remunicipalizou a gestão da água e na Alemanha numerosas cidades estão a remunicipalizar a gestão da água. Por tudo isto, o mercado da água entrou em refluxo. Assim se explica que a privatização da água não conste do menu das privatizações da Troika. Não é a última vez e não será a última que a política considerada inovadora pelo governo português, é, de facto, uma política retrógrada, fora de tempo. Mas este governo tem como orientação varrer da memória dos portugueses o 25 de Abril e o Estado Social que ele promoveu. Só os Portugueses o poderão travar através de lutas de democracia directa e participativa, tais como protestos, organizações cívicas, petições, referendos, e da litigação judicial.

O grupo Águas de Portugal não é um bom exemplo de gestão mas a solução não é privatiza-la: é refundá-lo…