“Ninguém que esteja com o coração limpo, com o coração aberto, pode concluir que esta proposta do Governo de Código de Trabalho não se destina a combater a precariedade e a defender os trabalhadores”. José Sócrates, 23 de Julho de 2008.
Ao rejeitar, por unanimidade, a norma do Código do Trabalho que alargava de 90 para 180 dias a duração do período experimental para a generalidade dos trabalhadores, o Tribunal Constitucional não se limitou a enviar para o lixo um expediente que permitia a rotação semestral de funcionários sem contrato e sem direitos. Desfez também o “embuste” de um partido socialista, para usar as palavras do primeiro-ministro, que tudo fez para passar a mensagem que a sua proposta combatia a precariedade laboral. Que seja o Tribunal Constitucional, respondendo a uma solicitação de Cavaco Silva, a ter que explicar ao “partido popular da esquerda democrática e moderada” que esta norma dificulta o acesso à segurança no emprego e enfraquece os deveres que dele resultam para o Estado, eis a pior mensagem de Natal para José Sócrates.
Retirado do Blog "Arrastão" http://arrastao.org/
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