A ex-candidata republicana à Presidência dos Estados Unidos Sarah Palin (esse colosso intelectual) afirma, em mensagem na sua página do Facebook, que o plano de reforma do sistema de saúde proposto pela Casa Branca é "totalmente diabólico".
Palin ataca o plano de cobertura médica "nacionalizada" que a actual Administração está a tentar "acelerar" no Congresso. A ex-governadora diz que a proposta sobre a mesa racionará o cuidado médico e os que sofrerão, segunda ela, serão os doentes, os idosos e os que sofrem de alguma invalidez.
Palin refere-se ao "painel da morte" de Obama, os burocratas que, segundo ela, decidiriam quem não recebe plena cobertura médica.
Actualmente, existem cerca de 50 milhões de americanos que não têm cobertura médica.
Mas afinal o que é que a nacionalização tem para assustar tanto? A Nacionalização é o termo dado para a aquisição pelo Estado, possivelmente de modo compulsório, de uma empresa privada, que passa então a ser uma empresa pública.
A Nacionalização também pode ser uma política de Estado, voltada a um aumento notável da participação do sector público na economia.
Há inúmeras razões que podem justificar a nacionalização de empresas particulares pelo Estado:
Garantir a eficiência produtiva de uma empresa em má situação financeira;
Conter crises sectoriais evitando a expansão do capital estrangeiro no país;
Assegurar recursos ao Estado;
Melhorar o atendimento ao público se tratando de empresas de serviços, ou no caso de empreendimentos que não garantam que apresentam um rendimento tardio aos empresários provados.
Os sectores mais atingidos pelas nacionalizações são os de serviços (como saúde, educação, comunicações, transportes e bancos), no caso de países altamente desenvolvidos, enquanto nos países subdesenvolvidos as nacionalizações têm ocorrido nos sectores básicos da economia: siderurgia, mineração e extracção petrolífera, entre outros.
Há certas pessoas que, ou comem gelados com a testa, ou merda às colheres... durante décadas os americanos foram bombardeados com o medo do socialismo e do comunismo. Que o comunistas comiam criancinhas. Que a Nacionalização era uma coisa socialista e que ponha em risco o pais. E os americanos alimentaram-se durante muito tempo desses medos infundados. Nada deve ser nacionalizado, porque se o for o Estado está a controlar tudo e todos. Mas se a saúde nacionalizada é má, a polícia e os bombeiros que pertenceram à alçada do Estado, já é bom? Porque é que não se privatiza as forças de segurança, as forças militares, os soldados da paz?
Actualmente os E.U.A têm mais de 50 milhões de pessoas que não possuem cobertura médica, pelos visto há uma parte da população e dos políticos que acha isso bem. Ou se tem seguro, ou se morre sem assistência. Correcção, mesmo tendo seguro o plafon pode não ser suficiente para cobrir o tratamento necessária e nesse caso reza-se para que não se morra... e isto é que é bom? Para o comum dos mortais não é com certeza, mas para as seguradoras, para as administrações dos hospitais privados deve ser bom com certeza. Países como a Suécia, França, Itália, Alemanha e outros cuja saúde é um direito, será que eles estão mal? Vão ver a esperança média de vida destes países comparada com a dos E.U.A.
Mas em Portugal, também existem pessoas como a Sarah Palin. A Melinha que se candidata a primeira-ministra defende que a saúde é uma das áreas nas quais o PSD admite aumentar a presença do sector privado em detrimento do público. O Estado "não tem que estar em tudo" e que é possível transferir para a iniciativa privada determinadas funções. É o caso de alguns serviços na Saúde".
Afinal a saúde pertencer ao Estado é mau! Tanto o PSD, CDS e o PS comungam este ideal. Deve ser por isso que há mais ao menos 6 anos, as grandes instituições bancárias começaram a investir num negócio que dá "prejuízo". Os hospitais não enganam, HPP - Caixa Geral de Depósitos, Hospital da Luz - BES, Hospitais Espírito Santo - Banco Espírito Santo.
Pelos visto tanto o actual primeiro-ministro como a candidata a primeira-ministra, acham que devemos ter um sistema de saúde estilo, do género, do tipo E.U.A. Ou seja, pagamos um seguro e rezamos para que não tenhamos uma doença cujo tratamento ultrapasse o plafon, senão estamos fod...
A época da vergonha já lá vai, já nem isso têm. Há que dar tudo aos privados, para que eles possam ganhar dinheiro à custa do Zé Povinho. Obrigado digníssimos governantes! Como alguém dizia no outro dia, senão dá lucro, fecha-se. Mas há coisas que não foram criadas para dar lucro, para dar dinehiro. Se calhar em vez de fazerem 20 estudos sobre a localização do novo aeroporto, já alguém pensou em fazer um estudo sobre quando é que o país ganha com os cuidados de saúde? Ou seja dinheiro despendido Vs ganhos em saúde (redução de absentismo ao trabalho, às aulas, qualidade de vida, redução da mortalidade e da morbilidade... ) já agora não se devia apostar mais nos cuidados primários, ou seja na prevenção? Porque é que só se investe nos cuidados secundários, ou seja nos cuidados curativos? Porque é que as instituições privadas de saúde e o Estado só investem nos cuidados curativos, não estão interessados em investir nos cuidados primários para reduzir a mortalidade e a morbilidade?
Será que há interesse que haja pessoas doentes, para que se continue a vender toneladas de medicamentos, de material para os hospitais (monitores, carros de urgência, camas, macas…). É preferível investir na doença no que na prevenção da doença? Vai na volta sou eu que sou lerdo e não vejo as vantagens deste paradigma para as populações. Se estou errado peço desculpa às almas iluminadas do nosso país…
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